Conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para criar uma startup
Fala galera, sou o PH, Head da Startadora e como prometido vamos dar sequência nos posts sobre o tema do nosso blog, que é a “Jornada do Empreendedor”.
Os cinco primeiros posts desta série, já estão disponíveis, eles falam com um pouco mais de detalhes sobre cada etapa dessa grande jornada: Ideação, Pré-Operação, Operação, Tração e Expansão.
À partir de hoje vamos entrar mais à fundo em cada pequeno passo dentro da fase de ideação. No post de número #06 da nossa Série Jornada do Empreendedor vamos falar sobre o Mindset do empreendedor de startups.
O Mindset do empreendedor de startup
Quando ouvimos falar sobre começar uma startup, geralmente as definições vão logo para o sentido da empresa, do business e da modelagem de negócio. Mas uma pergunta que é pouco feita é: “Qual tipo de pessoa eu preciso ser para criar uma boa startup?”
Olhamos para o mundo buscando respostas sobre como criar bons negócios sem antes verificarmos se somos (ou queremos ser) as pessoas que criam esse negócio.
Buscamos modelos de sucesso de grandes empreendedores lendo suas biografias, suas histórias, entendendo de onde vieram as ideias, mas olhamos pouco para quem era aquele ser humano e quais suas características individuais que o possibilitaram construir uma empresa memorável.
Alguns materiais falam muito sobre como é preciso ter um bom time para criar uma boa startup (concordo, inclusive falaremos sobre isso no futuro), mas aqui eu proponho voltarmos um pouco mais e falarmos sobre a menor divisão possível de qualquer empresa: o indivíduo.
Para entender como montar bons times e como usar esses times para criar boas startups, precisamos entender quais conjuntos (conhecimentos, habilidades e atitudes) uma pessoa precisa ter para ser um “mínimo empreendedor viável”.
Conhecimentos, habilidades e atitudes para criar uma startup
Vamos começar relembrando qual o conceito nós usamos aqui na Startadora para definir o que é uma startup:
STARTUPS SÃO EMPRESAS EM FASE INICIAL, EM UM AMBIENTE DE INCERTEZAS EM BUSCA DE UM MODELO DE NEGÓCIO QUE SEJA INOVADOR, REPETÍVEL E ESCALÁVEL.
Já falamos sobre cada um destes pontos no nosso post inaugural do blog que explica exatamente o que é uma startup. Aqui vamos falar sobre o tipo de pessoa que você ser e as capacidades que deve desenvolver para ter sucesso um negócio deste tipo.
Vamos seguir a estrutura do último post e falar sobre cada um dos critérios principais:
FASE INICIAL: Capacidade de Gerir Recursos Escassos
Um foguete gasta mais combustível no momento de sair do chão, e é o mesmo com uma startup, dá mais trabalho quando ela começa, quando deixa de ser um projeto (ou apenas um sonho) e passa a ser um negócio real gerando valor para pessoas reais e criando riqueza para o mundo.
Para passar por essa fase, o empreendedor precisa ter a capacidade de organizar recursos escassos, nos momentos adequados para atingir resultados específicos. Ou seja, até que sua empresa esteja redonda, você precisa ser capaz de entender o que a empresa mais precisa em cada momento e organizar os recursos que você tem (que geralmente serão poucos) à fim de produzir o resultado que fará com que ela siga em frente.
Se essa gestão de recursos for mal feita, sua empresa pode simplesmente “morrer de fome”. Seja fome de dinheiro, fome de clientes, fome de cases de sucesso, fome de processo, fome de produto, fome de espaço de mercado e qualquer coisa que possa vir a faltar para sua startup.
AMBIENTE DE INCERTEZAS: Capacidade de Identificar e Mitigar Riscos
Qualquer jogador sabe que quanto maior o risco, maior a chance de ganho (e vice-versa). Com startups não é diferente, o prêmio é bilionário e os riscos são tão grandes quanto. Sabemos que assim como as chances de criar um unicórnio são grandes, as chances de fracassar e quebrar são extremamente maiores.
Dados do Brasil mostram, que as chances de criar um unicórnio são hoje de 1 em 1.000. Sendo assim, para vencer esse desafio precisamos ter a capacidade de correr riscos calculados. Nem todos tem interesse de correr riscos ou estão em um momento de vida em possam se dar a esse luxo. Mas para aqueles que podem e querem, precisam conseguir “fatiar esses riscos”, e se questionarem quais são os pontos essenciais com os quais deve se preocupar para criar meu negócio (hoje na Startadora temos mapeados 125 pontos e vamos falar de todos em nossos posts!).
Priorizar esses risco, significa entender quais tem mais chance de quebrar o meu negócio, e por fim, eliminar cada um desses riscos usando metodologia de validação (pra sua sorte, temos uma série de posts sobre o tema nesses links: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4 e Parte 5)
BUSCA DE UM MODELO DE NEGÓCIOS: Capacidade de Adaptação
Nós não definimos o modelo de negócios de uma startup. Nós o descobrimos.
Por estarmos inseridos em ambiente de incertezas, e termos muito mais hipóteses que certezas, precisamos testar uma série de coisas com o propósito de validarmos nossas hipóteses e adaptar tudo que for invalidado (que no início, provavelmente serão a maioria das suas hipóteses). Com isso vamos descobrindo um modelo de negócio que funcione por fazer sentido para nossos clientes.
Sem uma grande capacidade de adaptação o empreendedor não consegue isso. Geralmente as pessoas que não tem essa característica se mantém muito fixas as suas próprias ideias, ignorando as necessidades e desejos do mercado, com isso condenando a si próprio a investir recursos escassos em um negócio que nasce fracassado.
O modelo de negócio nunca será flexível se o indivíduo à frente deste negócio não for.
INOVADOR: Capacidade de Encontrar Problemas Reais
Inovar é satisfazer necessidades não atendidas das pessoas.
Sendo bem claro: Inovador não é fazer algo “diferentão” que você acha super legal. Inovar é ajudar pessoas. É conseguir perceber, entender, sentir a dor do outro e usar seus conhecimentos, habilidades e atitudes em função de trazer uma solução melhor do que as que existiam até então.
Muitas startups falham justamente porque seus fundadores se focam muito em suas próprias dores, sua própria experiência, seus próprios desejos e necessidades. Não conseguem se retirar da equação, para ver o quadro geral, entender o que é importante para o outro (mesmo que para você pessoalmente não seja) e entregar apenas isso com extrema qualidade.
Muitas vezes o que achamos legal, necessário, importante e lógico nos cega para as reais necessidade e desejo daquele que deveria sempre vir no centro de qualquer discussão sobre o negócio: o cliente.
Esse é um tema bem amplo, caso queira se aprofundar temos um outro post falando apenas sobre as características de um inovador.
REPETÍVEL e ESCALÁVEL: Capacidade de Criar Processos e Aplicar Gestão
Essa parece ser a característica mais difícil de atingir com uma startup. Mas a boa notícia é que o caminho para se fazer isso já é bem conhecido mas para muitos não tão divertido ou glamouroso.
Precisamos basicamente de validação, processos e gestão. Validação para descobrir as formas certas de fazer as coisas, ou seja, as formas que funcionam para os nosso clientes, dentro do nosso mercado e nos ajudam a chegar no objetivos que definimos.
Com essas validações feitas, precisamos estabelecer processos para que as coisas sempre sejam feitas da mesma forma, e aplicar mecanismos de gestão nos lugares certos, para vermos se estamos nos mantendo na linha projetada. E se não estivermos, precisamos identificar claramente e rapidamente o porque, para que possamos tomar as melhores medidas para voltarmos a estar.
Então se podemos afirmar que startups são:
Empresas em fase inicial, em um ambiente de incertezas, em busca de um modelo de negócio que seja inovador, repetível e escalável.
Também podemos afirmar que empreendedores de startup são:
Pessoas com capacidade de criar processos e aplicar gestão, para fazer o melhor uso de recursos escassos, à fim de criar um modelo de negócios adaptável, que resolva um problema real, de um grupo específico de pessoas, enquanto identificam e mitigam os principais riscos deste processo.
E aí, você possui todas as capacidades mínimas para ser um empreendedor de startups? Se sim, vamos, siga em frente e leia o próximo post!
Se não, vá para o site a Startadora e se inscreva para o Colisões, nosso programa de formação de empreendedores! Lá você vai conseguir desenvolver todas essas capacidades!
Se você se interessou pelo tema, porém não quer exatamente criar uma startup, pode entrar na Academia de Inovadores e desenvolver além dessas habilidades, todos os valores do grupo Vortex!
Leia também
– Série Validação | Parte 3: Como começar?
– Como Validar seu Job to be done
– Como trilhar a Jornada do Empreendedor de Startup | Parte 1: Ideação
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