MVP | Como desenvolver seu primeiro protótipo
Fala aí Inovadores!
Dessa vez o assunto vai deixar todos felizes. É o que o povo mais gosta. Vamos falar de produto e prototipação.
Isso mesmo… O que é necessário se fazer para criar a primeira versão do seu MVP?
Algumas considerações importantes!
A sigla MVP significa Minimal Viable Product, e traduzido é Mínimo Produto Viável. E o nome não é um mero detalhe. Precisa ser mínimo mas também precisa ser viável. Tem que ter só o que precisa, devido a escassez de recursos, mas precisa ser viável, para entregar o job to be done do cliente, ou seja, essa é a forma que uma startup lida com produto.
Um protótipo é um estágio de maturidade de um produto, feito para testar sua capacidade de fazer o que ele se propõe. É algo para demonstrar que o conceito faz sentido como solução.
O produto no final das contas, é uma forma de tangibilizar nossa proposta de valor. Como sabemos o job to be done se mantém de forma atemporal, mas a proposta de valor, para entregar o job é onde está a evolução. E o produto e a forma de tangibilizar essa proposta de valor. Tornar ela real, e palpável.
Bem, acredito que a essa altura você já entendeu que tudo sobre produto gira em torno das necessidades do cliente e não de uma ideia de quem o projeta.
Momento da startup
É importante saber em qual estágio de maturidade sua startup está, pois o nível de prototipação do seu produto irá variar conforme a própria fase da empresa.
O próprio tema do blog tem como background a jornada do empreendedor e seus estágio de maturidade. Vale lembrar que esse conceito de jornada não foi criado por nós, mas nós temos nosso modelo… Nossa forma própria de olhar para isso.
Na fase de ideação, recomendamos o MVP concierge, que é um MVP manual, onde praticamente tudo tem um ser de forma manual, para que no futuro será automatizado. E por quê?
Muito simples. Como não sabemos muito ainda sobre como o cliente quer, é mais rápido e barato para poder modificar, até a gente aprender o processo que resolve bem o problema dos clientes. E já fazer isso tendo receita.
Imagina se toda vez que tivesse que mudar, houvesse necessidade de mais um ciclo de desenvolvimento de software? No início tem muita mudança e detalhes. Não vale a pena.
Outras fases da Startup
Pré-operação
Na fase de pré-operação, a gente recomenda o gabiarra MVP, que é um tipo com muito concierge ainda, porém alguma tecnologia disponível de forma gratuita ou muito barata, de algo já pronto, porém minimamente adaptado. Usar formulários de internet, planilhas, mensageiros de forma a apoiar ou substituir algum trabalho humano.
Operação
Na fase de operação, você começa a mesclar, um pouco de desenvolvimento (com programador mesmo, caso seja um software, é claro) com o máximo de concierge e gambiarra que ainda consegue manter.
É o momento mais complexo do produto, porque você terá as 3 abordagens ao mesmo tempo acontecendo, porém o concierge vai acabando aos poucos.
Tração
Na fase de tração, principalmente se você já tiver investimento e está tracionando, que significa um aumento grande de cliente em um curto espaço de tempo, você precisará melhorar o produto para suportar novos desafios.
Aí o modelo gambiarra se necessário, começa a ser substituído pelo que chamamos de Dev MVP, que é o MVP comum, com equipe de desenvolvimento criando as novas versões deste produto.
Para a fase de expansão provavelmente será apenas Dev MVP mesmo, mas existem possibilidades de ter que refazer partes grandes do produto, por questões diversas. Mas não se engane, enquanto for startup, ainda será um MVP.
Sendo assim, entendemos que cada fase de maturidade tem seus desafios sobre como esse produto entrega valor para os clientes, mas também que o nível de sofisticação tecnológica aumenta ao longo da jornada.
E as funcionalidades?
Pois é, existem vários formas de resolver um mesmo problema, e por isso de criar funcionalidades para um produto, também.
O que é importante destacar é que você precisa escolher as funcionalidades de forma priorizada, baseadas na validação que você fez das necessidades do cliente.
Sim, é aquele lance lá de needs first que a gente sempre fala por aqui.
Passou pela validação, então pode virar uma funcionalidade. Seu backlog de produto é gerado pelo sua execução de validações. Assim nunca vai criar coisas que o cliente não queria, e apenas você e sua equipe achavam legal.
Outra coisa muito importante é não se apegar as formas. Esteja sempre disposto a flexibilizar “o como” as coisas são feitas para atender o cliente de forma melhor. Em outras palavras, esteja disposto a sempre pivotar.
E nunca se esqueça que o cliente nunca quis seu produto ou aquela funcionalidade lá que você se gaba de ter construído. Ele queria apenas resolver seu próprio problema.
Não pule etapas
Então, o aprendizado dessa vez e não pular etapas, pois isso sai caro em tempo e dinheiro.
Abrace cada momento, e faça realmente imersão na jornada e aproveite ela. Se está em fase de ideação ou pré-operação, não tenha pressa em concluir.
E faça isso coletando feedback dos cliente se do mercado para aprender sempre.
No fim, o desafio do empreendedor é conhecer seus clientes melhor do que todos os outros.
Preparados?
Então prototipe seguindo sua fase, e quando menos esperar, estará com uma grande solução rodando!
Mão na massa!
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